borra de café

Todos nós temos pontos fracos... O meu, és tu. Todos nós erramos, cometemos o mesmo erro por fraqueza. Amor atrai a tua fraqueza... E quando pensas que está tudo bem, foste forte e conseguiste superar, avançar, superaste todas as tua recaídas, algo de novo surge... Novo, nem tanto novo, talvez, no tempo que agora decorre, novo mudado, mas algo que já fora teu, que já conheces até o que desconheces.
Há medida que tentamos seguir em frente, sabes que continuas de mãos dadas com algo que a qualquer momento se faz lembrar que está ali. Tens sempre a opção de ignorar, mas nunca a força de largar.
Por mais que tentes, ir soltando dedo a dedo, existem lembranças, existem momentos, que nunca queres deixar ir. Até chegar ao dia. Qual será o dia que estaremos suficientemente preparados para largar?
Não sei. Não há respostas para o que nem eu própria sei bem a pergunta. Nem pergunta, nem exclamação, nem nada.
Tudo se torna, de repente, uma borra de café na tua vida. Percebes que a tua vida não passa disso, de pequenas borras de café em folha branca de papel. Folha com linhas tortas, com altos e baixos, com cruzamentos e com linhas que caminham lado a lado. E tu, és uma dessas minhas linhas.
Que não consigo apagar, riscar, fazer desaparecer. Continuas lado a lado comigo.
A verdade, é que a vida não nos diz o que fazer, dá-te escolhas, cabe a ti decidires.
Não te tira sem te dar e por vezes até te dá demais, tu é que não te apercebes...
Ela ensina-te. Cabe a ti escolheres, aprenderes, errares, tentares e teres. Cabe a ti conduzires a tua vida, o teu caminho... Mas, e se ainda fazes parte do meu caminho?
Afinal, ainda és o meu grande ponto fraco. Por mais que custe admitir, temos que o fazer.